Três heróis e um destino: uma pátria que não os merece.

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Amanhã será quinta-feira. Menos para 3 bravos soldados caídos no front mais escancarado dentre os não declarados: o do Rio de Janeiro.
 
Marcos Vinícius morreu hoje, em confronto.
Na 2ª feira, o cabo Fabiano de Oliveira Santos, de 36 anos, e o soldado João Viktor da Silva, de 21, também.
 
A intervenção federal no Rio de Janeiro, encomendada por Michel Temer às pressas no último carnaval, e criticada, inclusive, pelo candidato Jair Bolsonaro, ocupa os complexos da Penha, do Alemão e da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
 
3 brasileiros, certamente nenhum deles rico, tampouco brancos de olhos azuis, e, ainda assim, são ignorados de forma vexaminosa, no Facebook, pelo PSOL, PT e PSDB, supostos defensores de minorias. Marcelo Freixo, o maior canalha deste estado, não ignorou: fez vídeo criticando, claro!, os “possíveis excessos” das tropas. Do confortável escritório.
 
Vejam: 3 patriotas, jovens, com a vida inteira pela frente, vestindo a farda que, em tese, representa o que esta nação ainda tem de valor, de honradez, de moralidade, de coragem e doação de sangue pela sociedade, e o sujeito, um canalha, falando em “excessos”. Não há maior excesso do que uma bala de fuzil no peito, caro Freixo. Desta hipérbole, é difícil sair vivo. Um tiro não é um chope derramado na praça São Salvador, entende? O episódio de Marielle, claramente, não serviu para que este pessoal aprendesse o quão pouco vale a vida neste país.
 
Pegue uma flor branca, Freixo, e tente colocar no cano de um fuzil de traficante vítima da sociedade capitalista, como nas belas fotos americanas dos anos 60. Será queimado no meio de pneus, para, claro, em breve ser esquecido.
 
O Brasil esquece de seus mortos muito rapidamente.
O Presidente da República fez um “tuíte”. A época das redes sociais não pode, jamais!, confundir comunicação veloz com amnésia enquanto sociedade.
 
Que sejam, ou melhor: que fossem, pois aqui enterra-se um herói como se fosse um qualquer, homenageados e honrados como todo e qualquer combatente caído em guerra. É um reconhecimento, mínimo, que se presta às almas dos mesmos. É, no caso do Brasil, simular que há e haverá luta e luto por suas vidas.
 
Não bastasse o total desrespeito e falta de simbolismo diante da barbárie, somos e seremos obrigados, como no caso deste deputado socialista, a aturar uma trupe de intelectuais que não liga para os sonhos, vitórias, derrotas, lutas e abnegações dos jovens militares e suas famílias — como o fazem diariamente com policiais assassinados — tentando, de suas ilhas de ilusão, julgar aqueles que, no front, sob balas, diante do mais vil inimigo, morreram, também, pela vida destes que, no momento, os julgam impiedosa e covardemente.
 
A estes bravos soldados, como cidadão, o meu muito obrigado. Um dia, quem sabe, este país estará à altura de vocês.