Os covardes de ontem, hoje e sempre.

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No então Vietnã do Norte, atual República Socialista do Vietnã, os filhos dos líderes comunistas não iam para o front da guerra. Eram enviados à União Soviética para estudar.

Jovens soldados comuns, sem esta opção confortável, caminhavam no escuro pela trilha Ho Chi Minh, que levava o nome do líder que comandou a expulsão dos franceses do país, pedindo ajuda à época aos…adivinhe…

Estados Unidos da América. O mesmo país com quem, anos depois, estariam em guerra. E onde o próprio morou — em Boston e NY.

Nesta mesmíssima trilha, mulheres do lado comunista dirigiam caminhões, de madrugada, com uma pequena luz à frente dos mesmos para não chamarem atenção dos caças americanos.

Se tais soldados o faziam pela fé na doutrina comunista, pela não aceitação de outro país em suas fronteiras, por obrigação, medo ou sabe-se lá Deus mais o quê, não importa.

Estavam, errados ou não, expostos a tiros, bombas e ao napalm. Estavam pagando para ver. Enquanto seus líderes, no conforto, esbravejavam contra o capitalismo durante longas e calóricas refeições.

Há dois minutos, baixei uma foto de um lanche do McDonald’s, que abriu sua primeira filial em Hanoi, famosa capital do Vietnã do Norte, em dezembro do ano passado, para sacanear os grevistas de fome de Lula. Desisti. A tristeza superou, e isso é raro, a vontade de ironizá-los.

São mais de 15 pessoas jejuando por um líder de barro e álcool, que está detido numa cela luxuosa, enquanto ri de um país que ajudou a destruir, e, como os líderes revolucionários de outrora, se farta em suas refeições, sem jamais colocar os pés no front. Exatamente como Lindberghs, Gleisis e Jandiras da vida.

A isto, o dicionário chamava de covardia, na época do Vietnã em guerra. Atualmente, salvo engano, a definição permanece a mesma.

Lula é um covarde. E toda e qualquer complicação de saúde com seus grevistas, o façam por dinheiro ou devoção, deve ser colocada na extensa lista de crimes morais que o mesmo cometeu.