O Estado pega carona no UBER, e o assalta no meio do caminho

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A 17ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, de São Paulo, em decisão de 2ª instância, considerou que existe vínculo empregatício entre o Uber e seus motoristas.

A eficiência do Estado brasileiro em destruir o que funciona é superior a de um sniper americano.

Perdi a conta de quantos motoristas, em diversas cidades, fizeram do trabalho, honrado, de dirigir seus carros — nos horários que quiserem –, um meio de sustento de suas famílias.

Mulheres e homens. Pretos e brancos. Héteros e gays. Todos numa súplica silenciosa: por favor, me deixem trabalhar em paz e chegar em casa vivo.

Não, não e não, meus caros ingênuos.

Por aqui, o Estado nos considera inimigos mortais. Principalmente aqueles que andam na linha.

Presidente condenado tem direito a AirBnb na PF de Curitiba, Maluf passou décadas livre feito um sabiá, Gilmar Mendes solta bandidos como meninos empinam pipa na laje, Aécio Neves, descaradamente, inicia campanha em Minas como se nada tivesse acontecido. Como se tudo tivesse virado pó. Deve ser eleito. A carreira não chegou ao fim.

Mas o Uber, não. O Uber é seríssimo.
Tal qual o caso dos canudos de plástico no Rio, cidade em guerra com fronts invisíveis, onde policiais são metralhados diariamente pela frente e pelas costas, pela nossa gloriosa imprensa que tem uma espécie de fetiche com foras-da-lei.

O Brasil “máquina” é feito por corruptos, incompetentes, burocratas que jamais geriram uma carrocinha de suco de limão, e que, numa canetada, como se empunhassem a espada dos defensores dos “pobres e indefesos trabalhadores”, acabam com o pouco de livre mercado que nos é oferecido.

A caneta-espada empunhada, e não é por ingenuidade, acabará, como sempre, no coração daquele que o magistrado jurou defender: o trabalhador honesto.