Há sete dias, o Brasil escolhia seu futuro.

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Há uma semana, o Brasil escolhia a lei, ao invés do crime.
A Lava Jato, ao invés dos condenados.
A transparência, ao invés das sombras.
O não corrompido, ao invés de corruptos e corruptores.
A competência, ao invés do compadrio.
 
Sete dias de boas notícias, com futuros ministros que, enfim, entendem sobre seus respectivos ministérios. Que continue assim, pois não há margem para erros.
 
Não houve chantagens, acordos espúrios ou encontros no subsolo do poder. Como Bolsonaro disse que o faria. Foi ironizado: é um ingênuo, este caipira. Brasília não se curvará a isto. Pois Brasília se ajoelha com medo, abrindo passagem para o Brasil.
 
Teremos um presidente que poderá, com apoio popular, amplo acesso nas redes sociais e cortando intermediários, pautar o Legislativo sem barganhas. Sem depender, pela primeira vez “na história deste país”, da imprensa tradicional. Quem fará pressão e lobby serão brasileiros comuns. Vejam o ineditismo.
 
Foram sete dias sem uma quadrilha no comando de 210 milhões de brasileiros. Sem o reconhecimento oficial, a chancela, da maioria dos eleitores para com uma gangue. O líder continua preso. Seus asseclas, por enquanto, soltos. O tempo de Zé Dirceu e cia., ao que tudo indica, acabará por aqui. A impunidade reinou soberana por tempo demais. É preciso ordem na casa. Dura lex, sed lex: a lei é dura, mas é a lei. Que assim seja, como sempre deveria ter sido.
 
Ao invés de uma semana debatendo Sérgio Moro e sua escolha, estaríamos vivendo sete dias de Haddad comunicando a população sobre a libertação de Lula. Poderíamos estar, mais uma vez, reféns de indicações políticas nos 40 ministérios petistas. Estar fazendo textos, como eu fiz, sobre seus 13 novos ministros que nada entendiam sobre suas pastas. Poderíamos estar presos no passado, por medo e preconceito com um sujeito que, até o momento, se cercou de pessoas melhores do que ele. Nenhum bandido. Poderíamos testemunhar o enterro da Lava Jato. Uma nova-velha Era de exaltação do ilegal e imoral. Felizmente, não.
 
Foram sete dias.
Setenta motivos para comemorar.

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