Cinemarx e o Brasil Paralelo: a democracia de uma nota só.

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Sobre o filme do Brasil Paralelo (agora entendem o nome?) e o Cinemarx — não me surpreendo.
 
Lembram-se do Neo, do Matrix, se curvando em câmera lenta diante das balas? A esquerda o faz com os fatos históricos.
 
Para ela, toda morte provocada por partidários de sua ideologia, é justificável. Tem sempre um “mas…”. Fidel matou, mas…Che fuzilou, mas…Mao foi severo, mas…Stálin chacinou, mas… Esfaquearam Bolsonaro, mas…
 
É sempre assim. Neste caso, o segundo envolvendo um filme que não é assumidamente esquerdista, sobre um período que remete diretamente ao coração da ideologia no Brasil, a rede de cinemas faz o que, infelizmente, virou padrão: sucumbe à democracia de uma nota só. À opinião plural singular. À tolerância intolerante dos paladinos da justiça e censores tão amáveis quanto os Ursinhos Carinhosos nas redes sociais, mas monstros vorazes nos bastidores. À História com maquiagem apropriada para cada ocasião. Mas não é censura. Não. É outra coisa muito similar, que a esquerda não tardará a batizar com um nome chique. 
 
O Brasil não pode ter direito a tentar interpretar por conta própria o período dos governos militares. Ou ditadura militar. Ou Revolução. Ou Contra-Revolução. Você decide. Ou deveria decidir.
 
Deveria, porque somos tão idiotas, tão imbecis, tão incapazes de decidirmos, analisarmos e intuirmos sozinhos, que os nossos protetores — invejosos dos professores-doutrinadores-oficiais da Coreia do Norte — precisam entrar em cena para nos proteger, nos “ensinar”, nos “esclarecer”, desde que, no final, claro, concordemos com tudo o que dizem. Desde que, no apagar das luzes e fechar das cortinas, aplaudamos filmes sobre guerrilheiros, assassinos, bandidos e sequestradores pagos com dinheiro público. 
 
Censuraram o documentário de Josias Teófilo, sobre Olavo de Carvalho, como se rotina fosse. Em décadas, quem ouviu falar de algo similar? Agora, abertamente, censuram outro filme. Filme que ainda não vi, mas que, seja lá qual for seu conteúdo, sei que sou capaz de, sozinho, decidir se gosto ou não.
 
Se há lado positivo nesta história, é deixar claro, mais uma vez, o quão autoritária é a turma canhota tupiniquim. E o principal: instigar os não convertidos a pesquisarem sobre este período tão importante, com reflexos até hoje, para o nosso país.