A múmia de Lênin e o Brasil

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A múmia de Lênin está causando polêmica na Rússia, que gasta aproximadamente 200 mil dólares por ano para conservar o corpo de forma apresentável.

Mal sabem os russos, mesmo os comunistas mais radicais, que no Brasil isso já é feito há décadas. Como Paulo Francis bem disse, somos o único país onde o comunismo é levado a sério. Nos últimos tempos, o que não faltam são pessoas falando em “luta revolucionária”. No Facebook. Com vídeos feitos em seus Iphones. Editados no Sony Vegas. No Windows. Ou Mac. Tomando uma Coca Cola. No intervalo do Netflix.

Aqui, Lênin e Stálin são glorificados abertamente ou, para não dizer que apoiam o comunismo, os socialistas água com açúcar (PSOL) dizem que o que aconteceu na União Soviética foi o ‘stalinismo’, não o comunismo. Seria como dizer que o nazismo é tranquilo e favorável e o que aconteceu foi ‘hitlerismo’. Piada pronta.

A múmia comunista no Brasil é levada a sério, tão a sério que parece um zumbi do ‘Walking Dead’ caminhando por aí. Ou melhor: governando 200 milhões de pessoas em 2016. Aqui temos diversos partidos socialistas com as modernas ideias do início do século sendo discutidas em reuniões dos mesmos. Pichações com a foice e o martelo estão presentes em 11 de 10 faculdades, públicas e particulares, e nas mentes e corações de grande parte de nossos professores.

Mais ridículo do que manter uma múmia de um psicopata, é ser aliado do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), que faz reuniões com imagens gigantescas dos deuses comunistas.
Quer coisa pior? Pois tem. Virou febre, nos últimos dias, dizer que um ex-terrorista ‘vive’. Ex: “Lamarca vive!” ou “Marighela vive!”, dizem os facebolucionários. Tem gente que não sabe, ainda!, que eles não lutaram por democracia. Lutaram pelo totalitarismo de esquerda. Simples e, atualmente, já clichê.

O que faz, em 2016, parte do país a levar a sério uma múmia e seus valores ideológicos? Eu demorei a entender. Eles levam isso a sério porque dá dinheiro. Muito dinheiro. Os capitalistas mais habilidosos que conheço são tipos como Duvivier, Jean Willys, Sabatella e similares, todos ricos e com contratos de dar inveja a qualquer capitalista liberal que vive de ajuda e crowfunding.

Ser adorador desse tipo de múmia, no Brasil, nunca sai de moda.