A esquerda brasileira e suas eternas contradições: maioridade penal em pauta.

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“Presidente, não é admissível que, numa sessão onde se debate política, se admita que pessoas na galeria tratem uma parlamentar de respeito, líder da bancada no Senado, de vagabunda, isso é inadmissível” — dedo em riste —  “então, a minha proposta presidente […] é que sejam evacuadas as galerias, pra se ter respeito aos parlamentares desta casa“– foram estas as palavras de Jandira Feghali em 2 de Dezembro de 2014, um dos dias da votação que marcou o rasgo à Lei de Diretrizes Orçamentárias pela presidente Dilma, com o aval do PCdoB, PSOL e cia. Todos comprados com dinheiro público, numa chantagem clara, à época, de Dilma, que condicionou a liberação de emendas parlamentares à vitória da derrubada da LDO. Na ocasião, os manifestantes mandavam a senadora  Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) à Cuba, causando o primeiro caso de surdez seletiva em massa transmitida ao vivo pela TV , onde “vá pra Cuba” virou “vagabunda”.

Neste dia, alguns opositores sem partido, sem pertencerem à nenhuma organização fantoche como UNE, MST, CUT, etc. foram à Brasília protestar contra a medida de Dilma e tentaram pressionar a oposição — funcionou — para que esta fizesse seu papel. Discordaram de Jandira e de seu principal aliado: o PT. Foram tratados como vagabundos, vendidos, bandidos e marionetes do PSDB (quando foi justamente o oposto, o PSDB foi pressionado) e expulsos da “Casa do Povo”. Uma senhora de idade levou choque e apanhou, mas nada disso amoleceu os corações de Chico Alencar, Jean Willys e Jandira, e de nenhum esquerdista; um professor também apanhou e levou choque, mas ele é de direita, então merece apanhar e muito, segundo raciocínio da ideologia comunista. Curiosamente, o professor é homossexual assumido, mas um professor de direita homossexual faz o cérebro dos esquerdistas entrarem em pane, porque a ideologia, repito, está acima de qualquer bandeira que gostem de levantar pra ganhar votos. Funciona assim: defendemos os gays, desde que sejam de esquerda. Desde que sejam pobres. Desde que sejam alienados. Desde que concordem com tudo o que eu falo. Em caso de discordância, eu não mais o defenderei. Isso vale para os gays, negros, índios, e qualquer “grupo” que a esquerda goste de tomar como seu.

Ontem, em sessão especial da Câmara, discutia-se novamente a tão sonhada redução da maioridade penal para os 16 anos, quando “jovens” — hajam aspas — da UNE (União Nacional dos Estudantes — alguém conhece um estudante que faça parte? Não, é só cabide de empregos para amigos da rainha), UJS (União da Juventude Socialista — os mesmos que vandalizaram a sede da Editora Abril, da revista VEJA, por conta de uma capa denunciando Lula e Dilma) e Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas — não tem aula numa quarta-feira à tarde?) interromperam a sessão com os gritos de sempre “fascistas”, “ditadores”, e outros adjetivos manjados. Nunca tiveram ou terão a ousadia de chamar um “menor” assassino de fascista, é sempre bom lembrar. Jornalistas tiveram pertences furtados pelos jovens contrários à redução da maioridade penal, em mais um belíssimo caso no país da piada pronta. Jandira postou vídeo ontem mesmo exigindo a entrada de todos à sessão. Precisa ser um gênio para entender que assessores ou a própria parlamentar articularam/facilitaram a ida dos ‘jovens’ à Brasília? Isso vale para ela, pro Chico Alencar, Jean Willys, PCdoB e PSOL.  O objetivo da esquerda é parar o debate, porque percebem, inclusive em qualquer postagem no Facebook, através dos comentários, que suas máscaras caíram, que já não enganam mais ninguém.

Por falar em Chico Alencar, que se considera o paladino dos oprimidos, hoje, em seu Facebook capitalista e opressor, ele lamenta (imagem abaixo):

 

ChicoAl

 

Curioso notar, além de um comunista defendendo a democracia, que quando milhões de brasileiros foram às ruas, Chico não as considerou “coletividades insurgentes”, mas a elite branca. De insurgentes, UNE,Ubes e UJS não tem nada. Todas abaixam a cabeça ao Capital, especialmente com dinheiro do contribuinte. Curioso que “democracia não se faz com gás de pimenta“, mas com choque, como foi na data mencionada no início do texto, em dezembro de 2014.

E insurgente, Chico, é o cobrador de ônibus que trabalha igual a um condenado e tem uma arma apontada à cabeça no fim do expediente, é o assalariado que é esfaqueado pedalando na Lagoa, são as meninas que saem para passear e são violentadas até à morte no Piauí, sem um pio de sua parte. São estas as vítimas da sociedade, de fato. Vítimas do PT, PSOL, PCdoB, UNE, UJS, MST, Ubes, CUT, e toda e qualquer pessoa ou organização que compactue com ideologias sanguinárias como a comunista. O Brasil é vítima do populismo barato, das soluções fáceis, das alternativas dadas por parlamentares que possuem seguranças armados e moram no Leblon, e estão se lixando para meninas do Piauí, cobradores de ônibus do Amapá, ciclistas do Rio de Janeiro. Pessoas como você, como Marcelo Freixo, Jandira, Jean Willys, e cia. Vocês são a força invisível que apunhala cada vítima de uma bala ou faca vinda dos “menores” de idade. Vocês que, mesmo quando a menina massacrada no Piauí por ‘menores’ morre, depois de 10 dias de batalha no hospital,  insistem em tornar a vontade de meia dúzia de psicopatas comunistas em regra para 200 milhões de brasileiros. Que isso fique registrado, para que no futuro, num Brasil mais limpo do surrealismo em que vivemos, seus nomes constem ao lado de suas únicas e verdadeiras bandeiras: interesses próprios e caos para a sociedade.

 

Abaixo, Jandira e seu apoio à ‘juventude aguerrida’ (desde que concordem com o que ela pensa) — uma parlamentar volátil, seja na primeira classe da AIRFRANCE até Paris, ou na própria Câmara:

jandirairada