A covardia do PT contra os caminhoneiros (Ou: por que o Brasil continua como está?)

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Na minha página do Facebook, expliquei como o Jornal Nacional praticamente escondeu a manifestação dos caminhoneiros Brasil afora e ouviu, em 90% da matéria, pessoas de sindicatos e representantes do governo contrárias, evidentemente, à paralisação. Hoje, o jornal Folha de São Paulo faz um editorial com o mesmo viés, criminalizando, julgando e deturpando a paralisação dos mesmos caminhoneiros. Assim como o governo petista fez, além de os multar covardemente.

Quando a imprensa fez o mesmo com o MST; o MTST; com esses ‘coletivos’  de ‘estudantes’ que param toda e qualquer faculdade pública quando bem entendem, supostamente em prol de uma suposta ‘minoria’ e supostos ‘direitos’? Nunca. E é notório que as manifestações feitas pela esquerda, onde podemos ver a cor vermelha em abundância, sempre tem, relativamente, poucas pessoas para o estardalhaço que causam. E essas poucas pessoas sempre pararam todas as grandes cidades do país, sem serem, nunca, questionadas. Ao contrário, são endeusadas.

Notem a diferença de tratamento que a imprensa deu ao movimento ‘#foraCunha‘ e aos caminhoneiros. O primeiro movimento foi aplaudido de pé por toda a imprensa, que viu no ato uma defesa da democracia, dos direitos, das mulheres, uma ‘pauta justa’, etc. As fotos são lindas, com mães e seus bebês de colo. O segundo movimento é basicamente criminalizado, como se um suposto líder, por ter, vejam só, a audácia de não pertencer a nenhum sindicato, fosse um golpista fascista tucano.

Aqui no Brasil, hoje, se você não faz parte de uma guilda, como dizia Joaquim Barbosa, ou seja, de um grupo, você não existe. Isso é uma das caras terríveis do socialismo. O indivíduo e a individualidade perdem força, frente ao ‘grupo’, que, na prática, jamais representa qualquer tipo de categoria. Os sindicatos não fazem absolutamente nada pelas categorias, são adoradores do PT e do PSOL. E o famoso imposto sindical, esta coisa saída de um filme de terror, continua firme e forte, mantendo estas pessoas em confortável situação de realeza.

O movimento corajoso dos caminhoneiros não encontrou eco na sociedade civil, ao menos fora das redes sociais. Não houve nenhum outro líder de algum grupo, não sindicalizado, ou seja, não castrado, que tenha feito um movimento de avanço, de apoio aos caminhoneiros e contra este governo podre, nas palavras dos próprios. E um dos graves problemas está aí: perder a força do momento nos faz perder a esperança no futuro. Este ciclo é terrível para uma nação. E se é terrível para uma nação, como é possível que se sustente por tanto tempo? Porque, como a história nos ensina, tem alguém ganhando muito dinheiro ou poder. Quem?

Para ver quem está ganhando dinheiro e poder, é simples: veja quem defende o governo: a CUT, o MST, o MTST, a UJS, a UNE, 99% dos sindicatos, a maioria da imprensa, através de propagandas estatais, os artistas Rouanet, os partidos e políticos de apoio do governo e, claro, os familiares da única elite dominante deste país: os petistas milionários.

Enquanto Lula tinha a ousadia de chamar os que protestavam contra o governo de ‘elite branca de São Paulo’, seu filho, branco e da elite, morava em um apartamento milionário em zona nobre de São Paulo, e o próprio Lula tinha um tríplex no Guarujá. Freud explica? Enquanto Sibá Machado, líder do PT na Câmara (não é qualquer um), chamava os integrantes do MBL de ‘vagabundos’, o próprio, nos bastidores, usava o nosso dinheiro para pagar o ataque do MTST  ao acampamento pró-impeachment na frente do Congresso. E o resumo é esse: como sempre, os defensores aparentes do socialismo tem verdadeiro amor e dependência pelo próprio capital. Vide Jean Willys, Jandira Feghalli, Sibá Machado, Lula, e toda sorte de pseudo-preocupados com a pobreza do povo. É compreensível. Afinal, alguém percebe nestas pessoas algum talento que possa custeá-las a não ser o de sugar o dinheiro público?

Como sempre, também, temos o uso do dinheiro do pagador de impostos sendo usado contra o próprio. E é por isso que eu digo que o Brasil não é nosso, é do PT. Pagamos para eles nos roubarem, nos ridicularizarem e até nos baterem, e fica tudo por isso mesmo. Porque eles tem a máquina, o dinheiro, e quem tem a máquina, em um país com o Estado do tamanho do nosso, dá as cartas, porque enquanto ao sociedade não se unir de verdade para derrubá-los, fora das redes sociais, continuará sendo assim.

O Movimento Brasil Livre (MBL), citado acima, é um dos raros exemplos de movimentação intensa fora das redes. No momento eles estão acampados em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, para exigir a queda de Dilma, e isso é maravilhoso. A série de exigências deveria ser maior, ao meu ver, já que o impeachment de Dilma é de suma importância, mas está longe de ser o único dos problemas; mas o fato de existirem pessoas dispostas a dar tempo e atenção ao país, sem ser por dinheiro ou poder, merece ser louvado e, tal como a paralisação dos caminhoneiros, precisa de apoio, dicas, sugestões e, principalmente, presença. Ainda que esta presença seja muito difícil pela localização estratégica, no mau sentido, de Brasília, que acaba se tornando uma ilha distante do Brasil. Ou alguém imagina que a Dilma duraria alguns meses se a sede do poder fosse no Rio ou em São Paulo?

O fim do ano se aproxima e o status quo permanece: Cunha, Dilma e Renan no poder. Este trio espera ansioso o tal ‘recesso parlamentar’ para aproveitar a virada de ano são e salvo de nós, brasileiros, que temos a ousadia de exigir que a lei seja aplicada contra eles, fazendo valer aquele ingênuo trecho da Constituição que diz: ” […] todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza […]”.