Anteontem, ao vivo, durante o Teleton, Silvio Santos recebeu uma ligação de Jair Bolsonaro. Trocaram elogios em rede nacional.
Silvio, bem como Edir Macedo da TV Record, parece perceber que a onda conservadora não é uma “marolinha”.
Silvio foi além: disse que deseja um mandato de 8 anos de Bolsonaro, seguido de mais 8 de Sérgio Moro.
Para um homem público, dono de uma das maiores emissoras do Brasil, é um risco absurdo fazer tal declaração. Requer coragem. Bravura.
Uns podem dizer que pode ser apenas interesse pela verba publicitária do governo federal. Pode ser. Mas não creio.
Acredito que há uma explosão de pessoas saindo do armário, apoiando um presidente que se assume falho, humano, não adaptado ao jogo, um “caipira” que acaba de pisar na cidade grande. Ao contrário de enxergar este movimento de forma negativa, o vejo com bons olhos. É um despertar de um patriotismo massacrado, humilhado e enterrado por Lula e Dilma. Um abrir dos olhos sedentos por luz em meio às trevas, com a audácia de sonhar com um Brasil onde nossos filhos possam ir e vir sem receio de serem vítimas de criminosos. Sempre lembrando que dará trabalho. E muito.
A sinalização de SBT e Record, não de subserviência ao poder, que é péssimo para qualquer democracia, mas de respeito à escolha dos eleitores brasileiros, é mais uma amostra de como o “sistema” estava engessado a tal ponto que a maioria não imaginava — eu era um destes, e admito sem receio — que uma mudança deste nível pudesse sequer ser tentada. Pois está acontecendo. Como é bom queimar a língua neste caso.
Seria louvável que a grande imprensa percebesse este momento e abrisse suas portas para o contraditório, para liberais e conservadores, que rompesse com este clube de bons amigos de esquerda e centro-esquerda, com qualquer coisa que destoe disto sendo rotulada de fascista e similares.
Se até o Silvio Santos percebeu que a hora é essa, quem somos nós para discordar?
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