Militantes: tentando ser diferentes, todos são iguais

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O vídeo que compartilhei, ontem, de uma menina de um “coletivo” (a palavra coletivo me dá calafrios individuais), mostra uma triste faceta da esquerda brasileira: tentando ser diferentes, todos são iguais.

É proibido, como que por decreto, sair um centímetro dos padrões de comportamento, vestimenta, vocabulário, etc. Eles tem de se vestir igual, falar igual, mentir igual, cair nos mesmos contos dos blogs vermelhos, tem que acreditar que o Sérgio Moro inventou a Lava Jato para vender a Petrobras para a Shell (!), tem que dizer que falta amor no Brasil enquanto destilam o ódio contra todos que pensam diferente deles, tem que pegar a hastear a bandeira do feminismo enquanto é nítida a revolta seletiva das próprias feministas, assim como é muito seletiva a revolta dos “coletivos” (grrrrrr) e seus respectivos assuntos, que só se indignam se o cara for 100% militante.

Eu acho que a paranoia de um cara ‘militante’ é tanta, que ele não pode nem pensar um centímetro de forma diferente do que a manada pensa, para não perder ponto. É o medo de imaginar o que podem estar pensando sobre o que você está pensando.

É um rebanho, e rebanho da pior qualidade.
Não há argumentação, não há inovação, não há ação, não há sugestões, só há sonhos de uma época que já passou, ministrados por professores cuja frustração dos mesmos sonhos acaba por iludir toda uma outra geração, sonhos que já se mostraram pesadelos em diversas escalas, em várias épocas. Mas o cara tem que usar camisa do Che Guevara, tem que condenar o capitalismo, tem que falar das elites, do ‘capital, e toda metralhadora giratória de nonsense que todos sabem.

É incrível que não se percebe a contradição de quem eles estão defendendo — o PT — e a realidade. Só o que se roubou no Petrolão daria para fundar uma ilha socialista, se o objetivo ‘nobre’ fosse este. Mas não, os caras continuam defendendo o governo, lambendo o Louboutin da Dilma.

É engraçado ver uma menina falando tanta besteira na frente de de uma bandeira com os dizeres: “Anticapitalista revolucionário”? É. Mas é muito triste. Porque a própria menina, espero que seja muito jovem e que consiga buscar a liberdade mental, não percebe que usa óculos produzidos pelo capitalismo e sua tecnologia, segura um microfone igualmente produzido e ‘descoberto’ por capitalistas e bebe em garrafas feitas industrialmente.

Que uma parcela desta juventude seja salva por livros e mais livros que coloquem a liberdade em primeiro lugar. Não a escravidão mental.
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Para quem não viu o vídeo: http://tinyurl.com/hrvves9