Melhoramos

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Quiseram nos fazer acreditar — e perigosamente quase o conseguiram — que o Brasil não tinha solução. Era a imposição do cinismo em escala industrial, após a corrupção institucionalizada. Lula, o semi-deus do sertão, seria a única pessoa capaz de resolver os problemas do país. O único interlocutor entre o trabalhador e o empresário, entre comunistas e conservadores. Mas… Lula finalmente foi preso. Mesmo os semi-deuses criados por intelectuais, quando cometem crime, devem ir pra cadeia. Justo. Há pouco tempo, uma ex-presidente o nomeava ministro para lhe dar refúgio sob o olhar incrédulo da população. Melhoramos.
 
Ainda assim, criou-se uma falsa esperança, com notícias plantadas, que este senhor, suposto mártir da resistência, perseguido pelas elites, a Globo e até a CIA, seria presidente novamente. Oficialmente, não foi. Não tiveram a ousadia de oficializar o ato. Fernando Haddad, com ares de democrata, falas de professor semi-analfabeto, construtor de ciclovias por vocação, veio como novo poste de Lula, um holofote de presídio. Um simulacro. Um teatro que seria cômico não fosse a maldade da trama. Haddad passaria de poste durante a campanha para uma escada enlameada que tiraria Lula da cadeia em 2019. Manuela D’Ávila, feminista empoderada e complacente com este roteiro de filme de terror, se colocou como vice figurativa da chapa.
 
Com milhões de reais à disposição legal e ilegalmente, o PT tentou sequestrar o Brasil novamente. Com apoio descarado de grande parte da imprensa, que seria censurada em 2019 pelos próprios, quase conseguiram.
 
Os que reclamam da aproximação ideológica do Brasil com os EUA querem, no fundo, “venezuelizar” este país. Estatizar, prender, censurar, esfomear, torturar e massacrar sua população, sempre, claro, em nome de um bem maior. Os revolucionários têm sede de sangue. Mais de 60 mil assassinatos por ano não são suficientes para eles.
 
Foi neste contexto, a poucos passos de um abismo, que um sujeito tratado como piada e pária durante anos, sem um real para campanha, com toda sorte de adjetivos pejorativos nas costas, com 8 segundos no horário eleitoral, com um partido nanico, chegou, esfaqueado, à presidência: Jair Bolsonaro.
 
A maioria dos eleitores, sábia e instintivamente, percebeu a escolha: ou permitia o retorno de uma velha quadrilha conhecida ao poder, e com sede de vingança, ou um candidato novo. Novo, sim, no sentido de que não vinha dos dois partidos dominantes das últimas décadas: PT e PSDB.
 
Ignorando solenemente e de forma histórica a grande mídia, usando as redes sociais, de forma orgânica, para usar um termo da moda, a campanha de Bolsonaro deu certo: uma vitória do Esse quam videri. Vitória do “ser, mais do que aparentar”. Uma vitória do original, com todos os defeitos assumidos e conhecidos, e não das cópias, imitações e atores, como Geraldo Alckmin que, desesperado e roubando de última hora o discurso liberal do NOVO, foi varrido do mapa, mesmo com incontáveis minutos de televisão.
 
Em pouco tempo, além do conhecido Paulo Guedes e suas brilhantes soluções para a economia brasileira, que vem sendo ditas desde 1989, Bolsonaro surpreendeu e convidou Sérgio Moro para ser ministro. Moro, felizmente, ignorou a pressão do lado perdedor e criminoso do PT, e aceitou.
 
Se metade do que Guedes e Moro dizem, se concretizar, daqui a 4 anos o Brasil será um país muito melhor. Porque, em resumo, o que a população normal quer é estar viva e, se possível, com um trocado no bolso no fim do mês.
 
Por isso, quando paro para pensar no que este país se tornaria diante de um novo governo petista e vingativo, 2018 termina de uma forma muito melhor do que começou. O futuro é de esperança e não de cinismo. De confiança, não de acomodação. O Brasil, se Deus quiser, será dos brasileiros novamente pelos próximos 4 anos.