Katia: uma mãe heroína

0
1464
Katia da Silva Sastre, a policial que evitou uma tragédia e matou um bandido, aquele que teve a ousadia de apontar um revólver para crianças na frente de uma escola em plena comemoração do dia das mães, está sendo tema central de uma imprensa doente.
 
Sim, doente, porque a ignorância quando se sustenta por muitos anos deixa de ser desconhecimento e passa a ser obediência à estupidez, compromisso com o erro. Mau-caratismo puro e simples. Cumplicidade.
 
A imprensa e os “formadores de opinião” de esquerda estão criticando o governador de São Paulo por ter dado flores à policial. Flores é pouco. Tinha de ser exaltada pela Câmara de Vereadores, Assembléia Legislativa e, claro, recebida e premiada pelo presidente da República. Deveria estar em todos programas de televisão. Porque, no Brasil, onde a covardia contagiou grande parte dos homens públicos, a atitude de Katia foi o mais bravo gesto de coragem e honra, de amor à filha e dignidade em proteger as crianças sob a mira daquele monstro.
 
Infelizmente, a imprensa só tem premiado os lacradores. A atitude de Katia vale muito menos que uma atriz milionária reclamando que recebe menos que seu par da novela, muito menos que uma estagiária que precisa de um “lugar de fala” e vai no “Encontro” para desabafar sobre o quanto a vida é dura.
 
Os defensores de bandidos, que depois reclamam quando assim são chamados, não param para pensar que o desfecho da história, não fosse a heroína Katia, seria o de mulheres e crianças assassinadas. Justo eles, os que dizem defender as mulheres vítimas da violência. Mas se a violência é cometida por uma suposta “vítima da sociedade”, que “não teve oportunidades na vida”, a esquerda quer mais é que ele tenha sucesso no crime, para provar seu ponto.
 
Dias antes da reação da policial, no Brasil rotineiro, onde o mal vence com folga, uma sorridente e rebelde Suzane von Richthoffen, sempre ela, saia via indulto do dia das mães pela porta da frente da cadeia com uma camiseta onde lia-se: “Rock and Roll: Wild and Free”. Selvagem e livre. Ela está certa. Suzane debocha da sociedade que, vítima destes mesmos cúmplices de assassinos, assaltantes, sequestradores e estupradores, não tem o direito de pedir paz. Porque pedir paz só com abraço à Lagoa e pombas brancas.
 
A esquerda impede frontalmente, com suas garras na grande imprensa, que se discuta seriamente a punição mais severa aos crimes mais graves. Impede que um cidadão comum tenha o mais básico direito dos seres humanos: o de se defender com uma arma de fogo. Impede que o Brasil real tenha o mínimo de dignidade para sobreviver à guerra.
 
E, agora, enquanto estes cúmplices discutem a quantidade de rosas que a Katia ganhou, um delegado da Polícia Federal, Mauro Sérgio Salles, foi morto dentro de sua casa, em São Paulo, vítima de dois assaltantes.
 
Hoje, voltando à rotina brasileira, os defensores de bandidos podem comemorar.