As obedientes ovelhas comunistas

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No livro “A revolução dos bichos”, George Orwell nos apresentou às ovelhas: apoiadoras cegas da revolução, aprenderam a repetir: “duas patas ruim, quatro patas bom”, perpetuando o ódio aos humanos na ficção. Não tinham a audácia de pensar por si próprias.
 
Manuela D’Àvila, ontem, prestou homenagem a elas: abriu mão de sua candidatura em prol de Lula — o macho alfa das mulheres empoderadas de esquerda, nosso porco Napoleão, o líder da trama orwelliana.
 
Sai a gasta camiseta “Lute como uma garota”, que deve ter enganado milhares de jovens nos últimos tempos, entra a lã da mais obediente ovelha. É o problema de preferir a luta ante a reflexão.
 
Em todas suas recentes entrevistas, Manuela não conseguia criticar Lula. Obediente, a “independente” revolucionária que odeia chefes mostrava lealdade ao patrão. Os sinais estavam claros.
 
Manuela, uma garota que escolheu não amar nem os Beatles ou os Rolling Stones para prestar continência aos fantasmas de Lênin e Stálin, sem ter a desculpa dos soldados soviéticos que avançavam para não tomar tiros pelas costas dos comissários políticos, em pânico no front contra os alemães, para que não pudessem recuar, é outro exemplo do que Dostoiévski, coitado, acreditava que o ser humano nasceu para não ser: tecla de piano.
 
Não há espaço para a Manuela; nunca houve. Seu partido, o PC do B, testemunha e cúmplice do PT por mais de uma década de roubalheira incomparável, sabe manter a tradição do que Paulo Francis genialmente resumiu: “…comunista no Brasil é tudo bafo de boca. No primeiro tiro, saem todos correndo”. Neste caso, nem precisou disparo, bastou a ordem.
 
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Na foto: Manuela em visita ao ex-presidente, que então se refugiava no Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo-SP, fantasiado de Evo Morales, com um blazer de alta costura italiana e lantejoulas francesas, fingindo que é um índio metropolitano. À esq., Slash, e à direita, comunista e ex-ministro dos Esportes de Lula, Orlando Silva, mais enrolado que pelo de ovelha (vejam no Google).
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