A ousadia dos canalhas

0
4144
Acompanho a ousadia dos canalhas deste país desde o início do Mensalão, particularmente chocado com a lealdade do ministro Lewandowski ao PT na ação penal 470, mas ainda me espanto com a subserviência, o dobrar de joelhos, a submissão ideológica de tipos como os jornalistas do “The Intercept Brasil”, como demonstrado neste caso de roubo de conversas privadas de membros da operação Lava-Jato.
 
Roubo que, convenientemente, está sendo chamado de “vazamento”. Seria cômico, não fosse trágico, porque o cerne moral desta história é justamente a cumplicidade para com o crime, com o assalto financeiro, o saque da Verdade, perpetrado pelo Partido dos Trabalhadores e seus asseclas por mais de uma década.
 
Nesta peça de propaganda do “The Incercept Brasil”, pois é isso que estas “reportagens” o são, propaganda, os jornalistas, incluindo Glenn Greenwald (ferrenho defensor de Dilma Rousseff e crítico voraz de todas concepções de democracia que não sejam fielmente iguais às suas) têm a ousadia de tratar o receio dos procuradores da Lava-Jato — com uma eventual vitória do PT nas eleições do ano passado — como algo persecutório a um mero e ingênuo partido político.
 
A amnésia seletiva atinge os jornalistas do “The Intercept Brasil”, hoje, como por mais de dez anos atingiu a maioria da imprensa no país, que fechou os olhos diante da tomada de poder e sua manutenção pelos meios mais inescrupulosos por parte deste “mero partido político” que leva em seu nome a palavra “trabalhadores”, ironia que amplia a maldade de seus líderes.
 
Usando material roubado de integrantes da operação que teve a audácia para investigar e punir, dentro da lei, bandidos de todos os partidos políticos neste país, os autores desta peça de propaganda esquerdista assumem a fantasia de ferramenta, de auxiliares, de cúmplices do que há de mais sombrio no Brasil, que é o desejo declarado de uma ínfima parcela da sociedade em ver o Lula fora das grades.
 
Os jornalistas não são os únicos ávidos para ver o ex-presidente solto: recentemente, o presidente do STF, Dias Toffoli, liberou entrevistas de Lula dentro de sua cela, em Curitiba. O STJ reduziu sua pena. Marco Aurélio Mello, também ministro do STF, festejou publicamente a redução da pena do ex-presidente. O ministro Gilmar Mendes acompanhou a celebração pública de seu colega de Corte.
 
Tudo público e publicado, assim como as redações apaixonadas de jornalistas sobre a nova namorada de Lula, funcionária pública que, em horário de trabalho, fazia visitas ao herói da esquerda nacional. Quase um BBB do crime, tentando transformar o absurdo em cotidiano.
 
Estes escravos ideológicos do erro, acostumados a tramas e enredos maquiavélicos — por isso mesmo acreditam que Sérgio Moro e procuradores estabeleceram uma espécie de “turminha do mal”, não conseguem assimilar que o governo federal não mais esteja sitiado e às suas ordens; não concebem a ideia de que a maioria do país optou, democraticamente, por um presidente de direita; não ousam admitir a hipótese de que a lei deve ser para todos, incluindo eventuais heróis de suas vidas, como é o caso de Lula; não entendem que, mesmo lendo mensagens hackeadas, o que se vê é uma equipe de procuradores lutando para fazer seu trabalho e, como sabido no meio jurídico, conversas naturais com um magistrado. Fingem que não entendem. Fingem que são cisnes imaculados e nós, contrários à organização criminosa petista, a lama.
 
Esta minoria escandalosa, birrenta, mimada e autoritária, acha que o Brasil ainda está nos tempos do Mensalão, onde a sociedade estava sem ferramentas para reagir e se proteger. Hoje, não mais.
 
Hoje, os olhos do cidadão comum estão treinados para identificar peças de propaganda travestidas de furo jornalístico; para diferenciar títulos sensacionalistas de ausência de conteúdo real; para perceber que há alvos claros neste circo de horrores, que é a presidência da República e, no momento, o ministro da Justiça e seu pacote anti-crime.
 
No futuro, apesar da audácia momentânea destes canalhas, a História há de colocá-los, simbolicamente, em seu mais glorioso lugar de destaque: o fundo do subsolo do poço da lata de lixo.
 
#LulaNaCadeiaInterceptnaLixeira