A farsa do desarmamento no Brasil

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Em editorial publicado ontem, o jornal O Globo mentiu sobre o desarmamento. A ignorância sobre o assunto não surpreende, quando vinda de um cidadão desinformado ou de algum articulista de esquerda, mas um editorial tão infantil, despreparado e sem embasamento de um jornal com grande circulação conseguiu me chocar, algo difícil nos dias surrealistas em que vivemos, com o título cômico de “Princípio indiscutível”. Em dado momento, há esta pérola : “É inquestionável, portanto, que a guerra contra a violência passa, necessariamente, pela providência de desarmar a sociedade” — é de embrulhar o estômago. Não poderia haver algo mais mentiroso, ingênuo e contraditório.

O autor, ou autores, do editorial deveriam ler o livro de Bene Barbosa e Flavio Quintela: “Mentiram para mim sobre o desarmamento”, e reescrever outro artigo se desculpando pelo vexame e desinformação. Para completar o cenário, na parte “Outra opinião”, que, em tese, deveria ter um contraponto, há um autor defendendo o porte de spray de pimenta para a Guarda Municipal. Enquanto na esquerda, literalmente, havia um texto destruindo a luta de quem quer o direito de comprar uma arma de fogo pra se defender, na direita, havia o corajoso defensor do spray de pimenta, que, não duvido nada, deve ter imaginado que o assunto era somente este e escreveu focando nisso ou houve um mal entendido, porque não é possível tamanha ingenuidade.

Aproveito e entro num tema que me é muito importante, inclusive na esfera pessoal, onde luto para conseguir comprar minha arma de fogo legalmente. O cidadão honesto tem dois caminhos, de forma resumida, para conseguir sua arma: via Polícia Federal, alegando uma “necessidade” para a arma, e isso se dá por determinadas profissões e situações específicas; ou pelo Exército (meu caso), via CR (Certificado de Registro) nas categorias Atirador, Caçador ou Colecionador. Para segurar uma arma de fogo, é preciso fazer o psicotécnico, que é longo e caro (aproximadamente R$200,00), e fazer uma prova teórica e prática (igualmente caras). Depois disso, você está apto a praticar em Clubes de Tiro, que são escassos e, não raro, estão caindo aos pedaços. Somente para poder acessar o site do Exército e solicitar o seu documento, é preciso ir pessoalmente no quartel e entregar uma parte da documentação. Depois, você consegue logar no site e visualizar os novos documentos requeridos. Fotos do prédio/casa, documentações negativas em todas as esferas (mais burocracia e dinheiro para o Estado, já que é necessário uma peregrinação nos cartórios), um cofre pra guardar a arma (sim, você precisa comprar um cofre sem saber se terá direito a arma), segurança comprovada via foto no prédio, na porta do apartamento, e nada disso tem explicação no site, é preciso ir no erro e acerto, o que consome tempo e, claro, dinheiro, porque também é obrigatório estar associado a um clube de tiro, praticar (praticar como se não temos arma? Brasil, sil, sil!), fazer provas de 3 em 3 meses, e mais uma série absurda de documentações que, certamente, ainda tiram o tempo dos militares obrigados a conferir tais papeladas e participar deste circo montado e gerido pelo Governo Federal.

O processo kafkiano acima é para um contribuinte que deseja ter um simples revólver em casa para se defender. Os que defendem o desarmamento, em especial os políticos de esquerda, tem seguranças armados 24hs por dia, pagos por nós, é claro. No país do desarmamento, são quase 60 mil assassinatos por ano. Ainda neste país lúdico do desarmamento, os governantes sempre souberam que os criminosos não entregariam suas armas e que as mesmas vem por contrabando, inclusive as fabricadas no Brasil, que vão pro exterior e voltam ilegalmente, como apontado por qualquer estudioso sério no assunto.

Há pouco tempo, após o esfaqueamento do ciclista na Lagoa, no Rio de Janeiro, surgiram piadas pela campanha do ‘desfaqueamento‘, o que, inacreditavelmente, virou proposta real no Congresso, com apoio de petistas e psdbistas, num enredo quixotesco (já adianto que não entregarei ao governo meu conjunto de talheres comprados na Casa & Vídeo). O que é piada para eles, o que é discurso fácil para jornalistas que não se aprofundam com isenção no assunto, é morte para o contribuinte, que sustenta todos estes parlamentares e membros do Executivo. O político privar o cidadão da liberdade de ter um instrumento de defesa pessoal é dizer a ele: “Você me paga, paga meu 15o salário, paga a mesada da minha amante, paga meu implante de cabelo, minhas cabeças de gado, minhas viagens ao exterior  e meus seguranças mas eu não deixo você ter o básico para tentar se defender numa situação extrema”.

Em 2005, votamos no plebiscito sobre o assunto e o Brasil decidiu que não seria favorável a proibição de venda de armas de fogo no país. Nem desta forma fomos respeitados. O que se viu foi uma campanha maciça pró-desarmamento, encabeçado pelo PT, evidentemente, paga, adivinhe!, com nosso dinheiro, e que não resultou em absolutamente nada. Somente mais assassinatos, mais certeza para os criminosos de um crime bem sucedido e tranquilo, garantias aos invasores de terra de que nada lhes acontecerá, porque são intocáveis, mais controle do governo num assunto que diz respeito tão e somente aos cidadãos, e a lavagem cerebral em parte da população brasileira que associa arma de fogo à violência, guerra, ódio, crimes, etc. Enquanto nos EUA, país com o maior número de armas de fogo do mundo, os índices silenciam qualquer argumentação pró-desarmamento, principalmente nos lugares onde a cultura da arma de fogo está enraizada, desmistificando ainda mais a lógica de ‘mais armas, mais violência’.

Para o pífio argumento de que liberando-se as armas a violência aumentará, é sempre bom lembrar o óbvio: quando alguém deseja matar o próximo, ele o fará. Seja com as famosas facas Tramontina, um martelo, uma furadeira, uma espada ou até uma inocente bola de vidro que ornamenta a mesinha de centro. A arma de fogo é um instrumento, não um ator principal. A arma de fogo é a certeza de que um povo, em condições extremas, jamais será subjugado por seus governantes. A arma de fogo é uma escolha que permite ao cidadão defender ou tentar defender a sua família contra a violência criada, incentivada e mantida pelos governos populistas de nosso país. Se a Suíça, com seus indicadores econômicos, de criminalidade e de educação, permite aos seus cidadãos o acesso às armas, porque o Brasil, nos últimos lugares em todos os rankings internacionais confiáveis, haveria de ceifar tal direito?

Para mais dados, números, argumentos, relatos e histórias compre o Mentiram para mim sobre o desarmamento”. Muito melhor e mais completo do que este texto amador.

13160817 Quero ver o MEC distribuir nas escolas.

4 Comentários

  1. O que os desarmamentistas custam é reconhecer – o fracasso do estatuto – está estampado nos números da violência. Pintados com sangue de pessoas muitas vezes inocentes. Não sei se estarei aqui no Brasil para ver a revogação desse infeliz estatuto, pois estou indo embora do Brasil. Vou de coração apertado, mas ao mesmo tempo sei que aqui não dá mais! Chega de violência, chega de ser roubado pelo Estado, chega e corrupção, de pobreza. Chega!

  2. O CIDADAO H ONS TO QUE QUER TER ARMA PARA SE DEFENDER… LE FICA MUITO DIFICIL CONSEGUIR O PORTE. MAIS BANDIDOS TEIN ARMAS DE ULTIMA GRAÇAON COMO AMETRALHADORAS.. FUSIL E OUTRAS MAS COMPRADAS LIBREMENE NO PARAGUAY.. ELES OS BANDIDOS TEIN FRONTERA ABERTA PARA TER ARMAS …. E O CIDADAO DE B EIN TEIM MIL MIL MIL INCONVENIENTES PARA PODER DEFENDERSE… EA E A POLIICA DE ESTE GOB. QUE SO QUER CONFUÇAON E BENEFICIA BANDIDOS .. PORQUE BANDIDOS APOIAN BANDIDOS.. .. TRISTE REALIDADE DO BRASIL HOJE..

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