3 meses de governo Bolsonaro: entrar para a História ainda é possível.

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3 meses de governo. Após 13 anos de roubalheira sistematizada, temos um governo normal, com altos e baixos. Governo que tem dentro de si seus piores inimigos. Contra a oposição, usa-se balas de festim; contra sua própria base, tiros de canhão. Um governo que avisa a todos o que irá fazer, provocando uma reação em cadeia (no caso de Lula, literalmente) diária no país. Onde está a estratégia? Um governo eleito pelas redes sociais, e que despreza a importância de uma boa comunicação. Paradoxos do Brasil.
 
O vice-presidente da República parece gostar mais de holofote do que a Lady Gaga: precisa aparecer, precisa esclarecer, precisa falar, precisa dar algum recado. Há momentos onde meio silêncio bastaria. Há momentos onde 24h de posts e textos na “gaveta” poupariam dias de crise.
 
Sem a Reforma da Previdência, não haverá dinheiro para comprar nada, nem uma gaze. O foco público e primário deveria ser a Reforma. Até a imprensa, maior inimiga deste governo, aplaudiria sua aprovação, e pautas conservadoras e liberais poderiam ser emplacadas depois com certa calma no ar. Mas o governo crê que não tem problemas suficientes; pega o celular e vai pro Twitter “passar o tempo”. Cria-se uma crise atrás da outra, como por hobby.
 
Agora o governo anuncia Lives no Facebook semanalmente. A cada sete dias, provavelmente novos problemas de comunicação, novos desmentidos, novos esclarecimentos, novas resoluções de problemas que não deveriam sequer existir. É hora de ficar quieto. Trabalhar. Fazer acontecer a Reforma da Previdência, num front, e o desaparelhamento estatal, principalmente na Educação, n’outro. E, sendo muito otimista, lutar pelo excelente pacote anti-crime de Sérgio Moro, no Congresso. Sendo um completo sonhador, até o Federalismo poderia ser levado a sério e à frente.
 
A máquina burocrática está entupida de verdadeiros inimigos do bem comum, aliados do próprio bolso e que prefeririam ver o Brasil destruído ante a seus privilégios retirados. Bolsonaro sabe disso. E sabe que, ainda que queira abordar um tema polêmico diante de dezenas de prioridades, há a forma correta de fazê-lo.
 
Aprovada a Reforma da Previdência, o pacote de Moro, dado um novo rumo para a Educação neste país, feito um aceno ao Federalismo, Bolsonaro poderá ser o melhor presidente da História. A escolha — ainda — é dele.